CAPELA DO CARMO - IGREJA VELHA

Já no século XVIII, a matriarca luminarense Maria José do Espirito Santo doa parte de sua fazenda para a construção da capela do Carmo (Igreja Velha). Com a instituição da Igreja no município surge então outra versão para o nome da cidade de Luminárias. Alguns moradores locais acreditam que na verdade o nome da cidade se deve a procissão das luminárias que ocorrem até hoje em homenagem a NS do Carmo e aos primeiros festejos e ritos católicos no município. Nesse festejo os devotos confeccionam suas luminárias e saem em procissão pelas ruas da pequena cidade. Segundo Monsenhor Waldir, importante figura da história luminarense, não eram pontos luminosos, para ele, após as chuvas o sol saía e a água continuava a brotar na serra, o que daria a impressão de serem pontos luminosos, mas que na verdade seriam apenas águas.

 A Capela do Carmo foi construída no terreno onde se encontrava a Fazenda da matriarca, e ainda pode ser visitada em Luminárias.

Em 1812 Maria fica viúva e passa a ter controle total também sobre o patrimônio de seu marido Joaquim Alvares Taveira. Acredita-se que com o passar do tempo Maria se fortaleceu ainda mais como liderança regional. Contribuiu significativamente não só para a obtenção de boa parte do que hoje é o município de Luminárias, como também ajudou a construir o patrimônio local.

Num primeiro momento um aglomerado de moradias dispersas de maneira aleatória pelas terras configurava o que se pode chamar de povoado ou arraial. Porém, essa localidade em determinado tempo necessitaria de uma organização social, ou seja, a presença de um vigário que pudesse garantir cuidados espirituais a esse núcleo. A construção de uma capela garantiria um novo patamar, o de capela, ou melhor, capela curada, que em síntese significava um templo visitado por um cura (padre de um lugarejo). Depois de se tornar capela, a localidade poderia desejar constituir-se em uma paróquia ou freguesia. Posteriormente, seu objetivo seria logo em seguida adquirir o status de vila. Este nível implicaria em novos encargos para o núcleo urbano, como por exemplo, a autonomia municipal. O povoado de Luminárias surgiu quando Dona Maria José do Espírito Santo, dona da Fazenda das Luminárias mandou erguer uma Capela, onde se oficiava para sua família e outros. Em torno desta Capela formou-se uma pequena povoação, como acontecia no Brasil antigamente; o colono sempre se fixava em torno de uma Cruz ou de uma Capela.